Viajar para um país de tradição vinícola é sempre, para os enófilos e aprendizes de connaisseur brasileiros, uma feliz oportunidade de abastecer a adega com bons rótulos por preços acessíveis, em contraponto aos ridículos e ultrajantes preços praticados no Brasil para o vinho (importado ou não) e que só servem para bloquear o incremento da cultura do vinho em nosso país.
Assim, quando viajamos acabamos "obrigados" a trazer conosco algumas (ou muitas) garrafas de vinho.
E visitar a Cidade-Luz é sempre uma grande oportunidade para abastecer a adega com bons rótulos franceses, dos mais variados estilos. Aliás o difícil é definir o que trazer...
Dentre as diversas lojas especializadas em vinhos de Paris, tenho minhas duas preferidas e que, na verdade, não se excluem, mas sim se complementam.


Também ali há uma seção especial segregada das demais, e envidraçada, apenas com grande rótulos franceses e internacionais, como diversas safras de Petrus (Bordeaux, Pomerol), de La Chapelle (Hermitage, Rhône norte), dos espanhóis Vega Sicilia Unico Gran Reserva e Vega Sicilia Reserva Especial (Ribera del Duero), Sassicaia (Bolgheri, Toscana).
Inaugurada em maio de 2010, se trata de um espaço dedicado exclusivamente aos vinhos de Bordeaux, contígua à antiga parte de vinhos da Lafaytte Gourmet, a qual ainda está lá e dedicada aos vinhos de outras regiões da França e do mundo, além de outras bebidas.
A Bordeauxthèque conta com um espaço de cerca de 400 m², possuindo milhares de rótulos, desde os mais simples até os grandes vinhos de Bordeaux.
Entra-se, após passar pela antiga seção de vinhos da Lafaytte Gourmet, por um corredor, com rótulos mais simples, por assim, dizer. Chega-se então ao centro da vinoteca, em forma circular. No círculo externo, grandes vinhos desde os da classificação de 1855 até os de Saint Emillion, com todas as subregiões bordalesas ali representadas, sempre com inúmeras safras, inclusve mais antigas.
E no centro do círculo interno, diversas garrafas de safras as mais variadas possíveis do mitológico Château D'Yquem formando um belo mosaíco de cores.
Claro que fui conferir a cor do Château D'Yquem 1962 (relembre nosso post Château D'Yquem 1962 - Degustando um Mito).O atendimento da Bordeauxthèque se mostra extremamente atencioso, com profissionais fluentes em diversos idiomas e que claramente conhecem os vinhos de Bordeaux e suas, não raro complicadas, classificações.
Santé!
Um comentário:
Parabens CB pelo post! Excelente reportagem!
Ansioso para ir à Paris e visitar a Lavinia e a bordeauxthéque!
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