Os vinhos rosés, ou
rosados, já se
tornaram uma realidade no mercado brasileiro e mundial, se mostrando como uma
excelente alternativa em dias de maior calor (algo não raro no Rio de Janeiro), embora
ainda haja uma certa resistência de
alguns em prová-los.
Os vinhos rosados apresentam estilos dos mais
variados, dos leves aos mais encorpados, com uma incrível miríade de cores, a depender da técnica utilizada, como, por exemplo,
quando é
interrompido o contato das cascas com o mosto durante a fermentação, variedade utilizada etc...
Nos últimos
anos diversos rótulos
de vinhos rosés
surgiram e chegaram ao nosso mercado, desde os clássicos franceses, até vinhos dos países do
chamado Novo Mundo, como Argentina e Chile, passando por Portugal (até “Porto” rosado existe).

Há ainda
outros métodos,
que em regra produzem rosés de
qualidade inferior, como a retirada de parte do líquido do mosto, gerando o vinho rosado, misturas de
vinhos brancos e tintos já
prontos, dentre outros métodos.
A França
possui diversas AOCs (Appellation
d'Origine Contrôlée) que produzem alguns
dos melhores vinhos rosés do
mundo, como algumas apelações das regiões da Provence e algumas do Loire,
destacando-se, dentre todas, os vinhos rosados de Tavel (O Reis dos Vinhos
Rosados”).
Conta-se que os vinhos de Tavel constavam entre os preferidos dos reis Philippe, o Belo, e
Louis XIV, bem como dos papas de Avignon
e de Honoré de
Balzac.

Os vinhos de Tavel
são secos e
encorpados, em contraponto aos delicados rosés da Provence, por exemplo, tendo maior potencial
de guarda que os demais vinhos rosados, embora normalmente sejam bebidos
jovens, com sugestão de
temperatura de serviço entre
12 e 14 graus.
Os vinhos da AOC Tavel
são produzidos no
território da pequena
comuna homônima e
da comuna vizinha de Roquemaure localizadas
no sul da região do Rhône, no
Departamento do Gard. Tavel está ao norte de Avignon e é
vizinha à famosa
Chateauneuf-du-Pape.
Alguns anos atrás,
visitei Tavel e na ocasião degustei na Caveau Saint Vincent (Place
du Seigneur, 30126, Tavel, tel.
04.66.50.24.10) diversos e incríveis rótulos, como o Château d’Aqueria, o Domaine Lafond, dentre outros, e que,
confesso, me impressionaram, ofuscando os diversos rosés da Provence provados até então naquela mesma viagem.
São
vinhos relativamente fáceis de
achar no Brasil, recorrentes em minha adega, e que merecem ser experimentados,
em especial em um dia de primavera ou verão.
E se estiver na região, não deixe
de visitar a bela Pont du Gard, de
preferência
levando uma garrafa de Tavel para
degustar enquanto contempla a paisagem.
Santé!
Nenhum comentário:
Postar um comentário