É consenso entre
os enófilos que
viajar significa trazer garrafas para abastecer a adega. Diria até que se trata de uma necessidade
diante dos preços
inflacionados praticados no Brasil, em que os vinhos costumam custar, em média, três vezes mais que em seu país de origem (ou até mesmo em outros países diversos do de origem, em
especial Estados Unidos e Inglaterra).
Até alguns
anos atrás
costumava colocar garrafas dentro das malas, enroladas em plástico bolha, e no meio das roupas.
Obviamente, além do
desespero da minha mulher, acabava por trazer poucas garrafas, sempre vivendo a
expectativa de se as garrafas "sobreviveriam" à viagem. Em geral, quando as malas são abertas para vistoria, algo bem
comum nos Estados Unidos quando se transporta um quantidade maior de líquido na mala, não há preocupação de
quem vistoria em colocar a garrafa na exata posição em que estava.
Faz alguns anos surgiram no mercado brasileiro as
primeiras malas especiais para transporte de vinhos, e novos modelos e marcas
surgiram e vêm surgindo desde então (tem
até mala para
transporte de garrafas magnum). São práticas, elegantes e protegem as
garrafas, porém há algumas desvantagens nesse ”investimento”.
Uma das desvantagens dessas malas é o preço. Houve uma certa inflação nos preços, a
do modelo que ganhei de presente da marca Winefit, por exemplo, praticamente dobrou de preço de um ano para outro. Há no mercado alguns outros modelos na mesma faixa de preço, como as malas da Tecnomalas.
Outra desvantagem está nas rodinhas, que não contam com um sistema de proteção eficiente contra as quedas que a
mala pode sofrer durante o transporte (leia-se, proteção contra o irritante hábito internacional dos funcionários de aeroportos de atirar as
malas).
Por fim, uma outra desvantagem reside no peso das
malas. Com o irritante hábito de
algumas vinícolas
do Novo Mundo de engarrafar seus vinhos de alta gama (e às vezes até os de média) em garrafas mais pesadas e
compridas, o peso de uma mala com doze garrafas pode ultrapassar os 23kg por
volume em uma viagem na América do
Sul.
Nos Estados Unidos vendem-se alguns modelos de mala de
vinhos, com destaque para os da Wine Cruzer.

Em algumas lojas, comprando seis ou doze garrafas, a
caixa não é cobrada, como ocorre na Grand Cru e na Wine Gallery, ambas de Buenos Aires (pelo menos, ocorreu comigo em
algumas oportunidades).
Nos Estados Unidos as caixas são facilmente encontradas em vinícolas ou em filiais da UPS e
similares, custando algo em torno de US$ 8.00.
Na Europa, as caixas podem ser encontradas em filiais
da UPS e similares também, com
preço em torno de
dez euros.
A vantagem das caixas reside não apenas no preço, mas também em serem mais leves que as malas
especiais. A desvantagem está na
dificuldade de carregá-las e
em aeroportos, dependendo sempre de um carrinho. Outra desvantagem está em levantar as caixas, que não contam com alças.

Escolha a sua opção e
traga seus vinhos! Cheers!
5 comentários:
Muito obrigada por essas dicas, até hoje eu ficava embalando em meias para por no meio da mals. Tanto a dica das vinículas que possuem embalagem quanto a da mala vermelhinha - além de gracinha, bom preço. Uma preocupação a menos em minha próxima viagem!
Karina, fico feliz que tenha gostado do post. Recentemente, a The Wine Check lançou um model em preto.
Cheers!
Gostei das dicas também. Um dúvida: no site da Wine Check não aparece o Brasil como um dos países para entrega. Como comprá-la por aqui?
Moro em Recife.
Acho que eles não entregam aqui, e mesmo assim o frete seria caro.
O jeito e esperar uma oportunidade de ir aos EUA e comprar la, mandando entregar no hotel.
Caros leitores,
Este post foi editado, tendo em vista ter recebido a notícia de que uma das empresas anteriormente mencionadas teria copiado sem autorização as malas da Winefit, o que se mostra inaceitável.
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