Champagne é o vinho das grandes celebrações,
o vinho com que brindamos os momentos mais especiais de nossas vidas. É o vinho
da alegria, que afasta a tristeza.
Claro que
existem outros excelentes vinhos espumantes das mais diversas regiões, alguns
chegando a realmente rivalizar com os Champagnes,
como os Franciacorta (um dos meus
preferidos).
No entanto,
nada se compara à mística que envolve os vinhos de Champagne, sua elegância e tradição e – por que não? – seu status.
Recentemente
tive a oportunidade, a convite da importadora Vinci, de degustar Champagnes
muito especiais, com apresentação pelo simpático Monsieur Luc Bouchard, diretor de exportações da Champagne Henriot.
A Maison Henriot, fundada em 1808, é uma
das poucas casas de Champagne ainda
pertencentes e administradas pela família fundadora, já estando na oitava
geração da família.

E, como
usualmente ocorre em Champagne, a Henriot conta com contratos de longo
termo com viticultores em diversas partes da região, tendo acesso a diversos Grand Cru e Premier Cru.
Em linhas
gerais, as uvas Chardonnay, que se
destacam nos assemblages dos vinhos da
Henriot, são provenientes da Côte des Blancs (Avize, Oger, Cramant, Vertus), e a Pinot Noir vem de vinhedos situados nas encostas norte da chamada Montagne de Reims (Verzy, Verzenay e Val d’Or).
A Pinot Meunier não tem grande
destaque nos assemblages dos vinhos
da Henriot, embora usada em alguns
rótulos em quantidades ínfimas, como no Champagne
Henriot Brut Souverain.

Tivemos a
oportunidade de degustar os seguintes vinhos:
1) Champagne Henriot Brut Souverain: com predominância da Pinot Noir (60%), complementado pela Chardonnay, e com um, nos dizeres de Monsieur Luc Bouchard, leve toque de Pinot Meunier. O vinho de entrada da
casa, apresentando o estilo da maison;

3) Champagne Henriot Rosé Brut: Com assemblage de 58% Pinot Noir e 42% Chardonnay,
mostrou, com sua belíssima cor de casca de cebola, elegância e frescor, com um
belo corpo;

5) Champagne Cuvée des Enchanteleurs 1998:
O grande vinho da Maison Henriot, de
minúscula produção, produzido apenas em anos excepcionais. É um vinho elegante,
produzido com uvas provenientes apenas de Grands
Crus da região (Mailly Champagne,
Verzy, Verzenay em Montagne de Reims,
Mesnil-sur-Oger, Avize, e Chouilly
na Côte des Blancs).
O nome é
uma homenagem aos trabalhadores das caves
numa época em que a vinificação era feita apenas em barricas. Tais
trabalhadores empilhavam as barricas em
estruturas próprias chamadas de chantiers,
referindo-se em francês a tal ato como enchantelaient.
E ainda contavam com o privilégio de poder elaborar para si pequenas
quantidades de cuvée com os melhores
vinhos.
O Cuvée des Enchanteleurs 1998, muito
apropriadamente servido em uma taça mais aberta, apresentava perlage pequeno e delicado, com
insistente duração. Apresentava aromas de frutas cítricas com leve odor de
pães. Na boca, era fresco, vivo, com algo de tostado ao fim, e com uma
belíssima persistência. Um dos melhores Champagnes
já degustados por mim, simplesmente magnífico e inesquecível.
A Maison Henriot já está na minha lista
para uma próxima visita à Reims.
Santé!
Nenhum comentário:
Postar um comentário