
No entanto,
para mim Carmelo Patti é mais do que
isso, simbolizando nostalgia de um tempo em que iniciava in loco minhas explorações do mundo dos vinhos argentinos, escoltado
por amigos argentinos e por meu tio e padrinho que à época morava em Buenos Aires.

Lembro-me
não de seus aromas e gosto, mas por seu caráter arrebatador, aquele tipo de
sensação que me faz retornar àquele momento toda vez que degusto um vinho de Carmelo Patti.
Por alguns
anos, de 2005 a 2010, depois de experimentar o primeiro Carmelo Patti, segui abrindo uma garrafa do mesmo vinho, da safra
2000, no mesmo mês, para verificar a evolução do vinho, aprendendo muito com
isso. E, claro, abria em outras oportunidades, de outras safras posteriores, e
não apenas o Cabernet Sauvignon, mas
também o Malbec e o Gran Assemblage.
Em 2013, escoltado
pelos mesmos amigos argentinos que me haviam apresentado ao “maestro” Carmelo Patti, visitei sua vinícola, a Bodega El Lagar em Lujan de Cuyo, Mendoza.
Recebidos
pelo próprio Carmelo Patti, com quem
havia agendado a visita por telefone algumas semanas antes, fizemos um rápido tour por suas simples e funcionais
instalações.
Em seguida,
degustamos alguns vinhos, enquanto escutávamos as belas histórias de Carmelo Patti.
Um dos
pontos mais interessante do trabalho de Carmelo
Patti reside no lançamento tardio de seus vinhos no mercado, com, pelo
menos, quatro, cinco anos. Daí vem sua defesa de que seus vinhos devem ser bebidos
depois de dez anos, ou até mesmo mais tempo.


Na visita
degustamos os seguintes vinhos: seu raro espumante, elaborado com Pinot Noir e Chardonnay (em nosso grupo apenas uma pessoa conseguiu comprar o
vinho, pois estava praticamente esgotado), o Cabernet Sauvignon 2004, o Malbec
2008, e o Gran Assemblage 2004,
este último um corte bordalês com prevalência da Cabernet Sauvignon, seguida da Malbec,
da Cabernet Franc e da Merlot, e que não é elaborado todo ano. Em 2004, houve um aumento no corte da Cabernet Franc em detrimento da Merlot, em virtude de sua excepcional qualidade naquele ano, segundo o enólogo.
Uma dica
legal é pedir ao próprio Carmelo Patti
que assine as garrafas compradas (não se esqueça de levar uma caneta própria
para isso).
¡Salud!
2 comentários:
Belo post CB!
Também sou fã dos vinhos do Carmelo Patti. Ainda me lembro bem de um CS 1997 que provei alguns anos atrás e que me conquistou de imediato.
Ainda não tive a chance de visitá-lo, mas certamente o farei em minha próxima estada em Mendoza!
Abs,
Luiz Cola
Show!!!
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