É exatamente isso que ocorre com o “meu” ano, 1974, que não representou uma grande safra em Bordeaux, na Borgonha, ou ainda no Piemonte, só para mencionar algumas regiões.
Após degustar um Bordeaux 1974 ao completar 40 anos (relembre aqui), passei a procurar outros vinhos da safra 1974 para abrir em aniversários futuros.

O ano de 1974 não foi um ano “vintage clássico”, isto é, quando mais da metade dos produtores membros da Confraria do Vinho do Porto produz vinhos Vintage e o grupo decide declarar o ano como “clássico”. Obviamente, alguns produtores elaboraram vinhos do Porto vintages, como a Kopke ou a Taylor’s (esta produziu um Single Quinta, o Quinta de Vargellas).
Minhas atenções voltaram-se, então, aos vinhos do Porto Colheita, que são tawnies de um ano específico e de elevada qualidade, e envelhecidos em cascos por um mínimo de sete anos. Podem ser mantidos em processo de envelhecimento por mais tempo do que os sete anos mínimos, alguns ficando décadas nos tonéis.
Em 2014 minha procura acabou sendo recompensada. Em uma viagem ao Porto encontrei e fui presenteado por minha esposa com um Porto Kopke Colheita 1974, engarrafado naquele ano.

Embora produza vinhos do Porto em variados estilos, com certeza o ponto alto dos vinhos do Porto da Kopke reside nos seus Colheitas, dos mais variados anos, com preços bem corretos ao nosso sentir, em especial quando se leva em conta a idade dos vinhos, o tempo de armazenamento etc...

Um vinho que ainda pode durar mais alguns bons anos e de excelente qualidade, daqueles para se manter na memória.
Felizmente, recentemente encontrei outro Porto da minha safra, a ser guardado para os 50 anos! Saúde!
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