No
ano de 1918 a propriedade é adquirida por Constantino de Almeida, respeitado
produtor de vinho do Porto e brandy. A partir de 1923 o filho de
Constantino, Fernando Moreira d’Almeida, assume o negócio continuando com a
produção de vinho do Porto.
No
início da década de 1980 Leonor Roquette, filha de Fernando Moreira d’Almeida,
assume juntamente com seu marido Jorge Roquette a gestão Quinta do Crasto
e iniciam a expansão da vinícola, juntamente com seus filhos Rita, Miguel e
Tomás.
Em 1994 começam a elaborar vinhos tranquilos com a DOC Douro. A partir daí remodelam as instalações e plantam novas vinhas, modernizando a Quinta do Crasto.
Na
década de 2000 adquirem mais duas propriedades, a Quinta da Cabreira
(2000) e a Quinta do Querindelo (2006).
A
Quinta do Crasto teve ainda um relevantíssimo papel na promoção dos
vinhos “de mesa” (não fortificados) do Douro, mostrando ao mundo que o Douro
tinha ainda mais a oferecer além do vinho do Porto. O projeto Douro Boys nasce
em 2003 para promover internacionalmente os vinhos tranquilos do Douro. O
projeto tinha como integrantes João Ferreira Álvares Ribeiro e Francisco
Ferreira (Quinta do Vallado), Cristiano van Zeller (Van Zeller &
Co), Dirk van der Niepoort (Niepoort), Francisco “Xito” Olazábal (Quinta
do Vale Meão), Miguel e Tomás Roquette (Quinta do Crasto). O projeto
dos Douro Boys trouxe, assim, visibilidade aos vinhos tranquilos do
Douro.
Os
vinhos da Quinta do Crasto me foram apresentados muitos anos atrás, em
2006. Naquele ano, participei, no Rio de Janeiro, de uma inesquecível
degustação. Na ocasião, provei os vinhos de alta gama da Quinta do Crasto:
Vinha Maria Teresa 2003, Vinha da Ponte 2003, Touriga Nacional 2003 e Xisto
2003, todos em sua primeira safra.
Essa
degustação, além de mudar como até então conhecia os vinhos tranquilos do
Douro, tornou-me um ardoroso fã dos vinhos da Quinta do Crasto.
Nos
anos seguintes, tive a sorte e o privilégio de conhecer os demais vinhos da Quinta
do Crasto e revisitar o Xisto 2003 - já com 10 anos - e o Maria
Teresa 2003 (leia aqui). Degustei diversas safras de todos os vinhos,
sempre com dois pontos destacados: a altíssima qualidade e o respeito aos
diversos terroirs explorados pela Quinta do Crasto.
Porém,
ainda faltava uma coisa: visitar a Quinta do Crasto e provar alguns de
seus vinhos in loco. Por razões diversas, nas vezes que havia estado no
Douro não tinha conseguido visitar a vinícola. Porém, isso mudou no início
desse ano.
Em uma ensolarada e fria tarde de janeiro, após percorrer uma estradinha cenográfica e com muitas curvas, avistamos a Quinta do Crasto.
Era
a primeira viagem internacional “pós-pandemia” e estava ansioso para voltar a
visitar regiões vinícolas.
Chegamos
na Quinta do Crasto por volta de 13h.
Na
sequência, fomos até os lagares (usados na vinícola apenas para os vinhos
“monocastas”, os “monovinhas” e para p Reserva Vinhas Velhas), as instalações
com as imponentes cubas personalizadas e encerramos na belíssima sala de
barricas da Quinta do Crasto.
Passamos,
então, para a Casa Centenária e na sala de jantar fizemos provas dos vinhos (Crasto
Douro Branco 2019, Crasto Douro Tinto 2019, Crasto Superior Douro 2017, Quinta
do Crasto Douro Reserva Vinhas Velhas 2018, Quinta do Crasto Porto LBV 2015).
Finalizamos
com uma ida até a piscina de borda infinita com o Douro ao fundo, para terminar
a visita com mais uma taça do Quinta do Crasto Douro Reserva Vinhas Velhas
2018.
Um
sonho realizado e uma visita inesquecível! Saúde!
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