
O Cometa 2008 apresentava uma linda cor dourada. Incialmente fechado nos aromas, por sugestão da minha esposa, deixamos respirar por cerca de um hora. Então, os aromas explodiram (lichia e abacaxi em destaque), apresentando o vinho muito corpo e um final de boca longo.
Esse, com certeza, é um branco que merece ser decantado (sim, brancos podem ser decantados, não apenas tinto, mas isso será objeto de um post futuro).
A Fiano, uva autóctone com que é elaborado o Cometa, é um capítulo a parte. Trata-se de uva nativa do sul da Itália, encontrada principalmente na Campania e na Sicília.A Fiano se destaca tradicionalmente na DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita) Fiano di Avellino (lembremos que não raro os nomes das DOCs e DOCGs são formados pelo nome da uva mais o da cidade; no caso a cepa é a Fiano e a cidade ou comuna é Avellino na Campania), onde o vinho deve ter no mínimo 85% de Fiano em seu assemblage.

Historiadores e estudiosos do vinho defendem que a Fiano era plantada pelos romanos antigos e chamada de Apianum. Por isso também é chamada de Apiana ou Apiano (dentre outros nomes, como Fiore Mendillo, Foiano, Latina Bianca, Latina Bianca di Barletta, Latino, Latino Bianco, Minutola, Minutolo e Santa Sofia).
Quase extinta no século passado, hoje passa por um nenascimento, um verdadeiro resgate cultural, em especial por vinícolas italianas como a Planeta, Mastroberardino, Rocca del Principe, Villa Diamante, Maffini, dentre outros.E fora da Itália, alguns produtores australianos a usam em menor percentual em blends de vinhos brancos (uma fase ainda inicial, de experimentos, por assim dizer).
Um brinde à variedade! Salute!
Nenhum comentário:
Postar um comentário